Eu sempre defendi que aquilo que pensam sobre você importa, desde que essas pessoas tenham algum papel relevante na concretização dos seus objetivos.
Mas, na minha última sessão de terapia, essa verdade ficou abalada e é óbvio, eu vim refletir sobre isso da forma que eu mais gosto: escrevendo.
Bora embarcar nessa reflexão comigo? Bora!
Leitura de mentes
Logo no começo do processo terapêutico minha psicologa me apresentou alguns conceitos e um deles é a "leitura de mentes”, que consiste em achar que sabemos o que o outro pensa, com base nas vozes da nossa própria cabeça.
Importante mencionar que muitas vezes esse achismo sobre o que está na mente do outro não é totalmente aleatório. Essas inferências nascem da forma como o outro te trata, como ele fala com você, se te convida para um evento ou não, se te chama pra um almoço ou não, se fala com você sobre determinados assuntos e outros não… mas é preciso reconhecer que, nesse caso específico sobre “o que o outro pensa de você”, as conclusões que se pode chegar com base nesses fatos não são reais, são produtos da sua própria mente.
E é de comum acordo que as ações, pensamentos e principalmente os sentimentos decorrentes dessas suposições, também não são reais e geralmente não são saudáveis.
Você faz ou deixa de fazer certas coisas porque fulano vai pensar tal coisa, diz ou deixa de dizer porque fulano vai pensar isso ou aquilo…
Fatos são fatos (será?)
Antes da minha última sessão de terapia, minha resposta para esse problema seria direta e reta: pergunte para as pessoas o que elas pensam de você e então você terá conclusões reais, com base no que elas de fato pensam, ou pelo menos disseram que pensam (me contrate para uma pesquisa de imagem rsrs).
Mas, mesmo com os fatos sobre o que as pessoas pensam de nós, a questão está em o que fazer com essa informação?
“Eu já achava que fulana me julgava como (coloque uma característica aqui), agora eu sei que fulana me acha (coloque a mesma característica aqui), eu não gosto que ela pense isso de mim, portanto vou me moldar para mudar o pensamento dela.”
Nãaaaaaaaoooooo!
Mesmo confirmando que a fulana acha tal coisa de você, não significa que você de fato seja ou ainda, que precise se moldar.
Qual a sua identidade?
É por essas e outras que o processo de marca pessoal precisa ser feito de forma acompanhada e por um bom profissional, e que uma pesquisa de imagem isolada não tem nenhum sentido.
É essencial o processo de aprofundamento, sessões e conversas que ampliem seu conhecimento sobre si mesma e esclareçam o que você quer para si mesma, independentemente da visão dos outros.
Para que você não se torne um joguete da opinião alheia. Para que a sua comunicação e as suas ações não sejam embasadas da opinião dos outros e sim na forma como você quer estar e se expressar no mundo.
Aqui vai a bomba: a real é que a opinião dos outros não importa para a sua construção da sua marca pessoal, o que importa é a sua visão sobre si a sua reputação desejada e a habilidade de comunicar isso a quem te interessa.
Por fim, aproximar a percepção das pessoas certas e a sua auto-percepção é o que importa.